segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Minhas doces paranoias

Durante a minha infância super anos 80, assisti a todos os filmes de terror que chegaram às locadoras da minha cidade. Todos mesmo, absolutamente. Lembro-me bem da tarde em que cheguei na video locadora e recebi a trágica notícia de que já tinha visto todos os filmes que eles haviam comprado. Então comecei a rever um por um. De Carrie, a estranha à Hora do Pesadelo. Poltergaist, Piranhas, Psicose, Hitch, o palhaço assassino; tudo visto e revisto umas três vezes. Resultado, até hoje sempre acho que vai saltar um monstro de dentro do meu guarda-roupa e antes de dormir costumo dar uma olhada embaixo da cama para ver se não tem um espírito que vai puxar a minha perna durante a noite. Minhas doces paranoias.


O problema não foram os filmes de terror mas sim o excesso deles. Se  os filmes fossem de comédia romântica por exemplo, talvez eu tivesse me transformado em uma debiloide. Sei lá, só sei que todo o excesso é pernicioso. Não é legal. Tem que saber a hora de parar e até mesmo as coisas consideradas saudáveis devem ser usufruídas com cautela. Aposto que até espinafre demais faz mal. Então, há sim, um limite para usufruir da companhia do outro, há um limite  até para sorrir, para amar, para praticar Yôga, para criar, para ver obras de arte. A diferença entre o remédio e o veneno está na dose. 

2 comentários:

Júlia Schütz Veiga disse...

porrada no estômago... adorei!

Naiana Alberti disse...

ana demais, muitas horas, faz eu ser nai-ana...rsrs.