sexta-feira, 11 de novembro de 2011

virginia woolf

Desejando a verdade, esperando-a, laboriosamente vertendo algumas palavras, para sempre desejando – (um grito ecoa para a esquerda, outro para a direita. Carros arrancam divergentes. Ônibus conglomeram-se em conflito) para sempre desejando – (com doze batidas eminentes, o relógio assegura ser meio-dia; a luz irradia tons dourados; crianças fervilham) – para sempre desejando a verdade. O domo é vermelho; moedas pendem das árvores; a fumaça arrasta-se das chaminés; ladram, berram, gritam “Vende-se ferro!” – e a verdade?

5 comentários:

Delacroix disse...

A verdade?
Humm...
Deixa-me ver...

Delacroix disse...

É o que não se pode contar.

Delacroix disse...

É uma pitada do Fernando Pessoa e uma tonelada do Nelson Rodrigues.

Delacroix disse...

É o que imagino que sei.

Delacroix disse...

É o que todos sabemos, fingindo não saber.