domingo, 29 de agosto de 2010
Tudo que eu queria te dizer
sábado, 28 de agosto de 2010
Lendo
Mulheres que correm com os lobos, Clarissa Pinkola Estes
Às vezes uma palavra, uma frase, um poema ou uma história soa tão bem, soa tão perfeito que faz com que nos lembremos, pelo menos por um instante, da substância da qual somos feitas e do lugar que é o nosso verdadeiro lar.
O ano em que as pessoas foram embora
Confesso que 2010 não tem sido o ano mais doce da minha vida. Sem que eu esperasse, tampouco desejasse, três amigos muito amados optaram por viver longe de mim.
O primeiro tinha raízes muito fortes aqui. Esse era o seu lar. O nosso lar. Tínhamos uma família. Depois de uma tempestade ele foi viajar e nunca mais voltou. Voou para tão longe que não soube mais como voltar para casa. E aqui, na nossa casa, ele abandonou tudo. Os sapatos, as roupas, as anotações, os quadros, as músicas, o amor. Deixou tudo e nunca mais voltou.
O segundo desapareceu da noite para o dia. Sumiu das nossas vidas como uma bolha de sabão que se desfaz no ar. Póff. Ele optou por não existir mais e desapareceu, simples assim.
O terceiro foi embora sem ainda ter ido. Vai entender...
E eu aprendi que saudade não mata.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Salvo em saber
terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Um doce olhar
Este doce olhar vê a paisagem da região montanhosa da Turquia, as letras do caderno da escola, as árvores gigantes e as colméias. E nós, no papel de telespectadores, nos deleitamos com as cenas de beleza e vastidão da natureza. A trilha sonora fica por conta do som da chuva nas telhas, os passos do menino caminhando na lama, o som das folhas batendo no vento e a respiração de uma criança enquanto dorme.
Dizem que o filme é lento e parado. Discordo. Percebo em Um doce olhar o movimento, a velocidade e o ritmo que a natureza tem. Forte, perseverante, poética e destruidora.
Um luxo
Que luxo tudo isso. Poder ir de casa para o trabalho e do trabalho para casa a pé, passeando pelas ruas do Bom fim. Ser vizinha de uma pasticerie, um luxo! Ter uma amiga que também mora ao lado da pasticerie, o luxo do luxo. Ter uma feira todos os sábados a poucos metros da minha casa. Depois disso - e somente por isso - cheguei em casa com a sensação de ser a pessoa mais feliz do mundo.
sábado, 21 de agosto de 2010
Vestidos, perucas e acessórios
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Cacarecos e papéis
Minha Caran D'ache, rímel e um passaporte vencido. O estojo de sombra com minhas quatro cores básicas. Extratos bancários. O molho de chaves da minha casa que estava com meu ex-namorado. Manteiga de cacau e o cartão da Carina Barlet. Contas pagas, contas esquecidas. Uma lapiseira cor de rosa e dois batons cor de rosa também. Gloss vermelho. Moedas de cinco centavos, minha agenda do Gustav Klimt. Uma insígnia, meu bico de pato novo e um pen drive sem espaço para armazenar nada. Uma pinça. Mais um gloss. Meu anel de flor. Minha carteira. Um anel preto que adoro. Tentei esvaziar minha bolsa. Rasguei os extratos bancários. Tirei os anéis. E pronto. Sigo carregando cacarecos e papéis pela cidade.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Tempo
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Bom viver assim
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Os pequenos fins
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Nada como ser livre
Música clássica da melhor qualidade. A madeira escura aquece o ambiente. Na entrada, uma cristaleira com taças delicadíssimas e copos de cristal vermelho, adornados por finos traços em dourado, são observados pelos olhos das lindas mulheres que entram no ambiente. Elas vestem gabardines exuberantes. Pedras e jóias de família adornam os dedos, pescoços e punhos das senhoras. Homens de casacos e sobretudos escuros sentam-se à mesa, falam com o maitre, aprovam a qualidade do vinho. Há um requinte em todas as pessoas. Uma atmosfera de luxo.
Me chama a atenção uma mulher sentada à mesa, pois percebo que ela leva à boca uma coisa estranha. Olho bem e identifico que a sofisticada senhora está comendo uma orelha. Mastigando, mastigando, esmigalhando uma orelha inteira, até que a pele, músculos e nervos consigam descer pela garganta. Ela sorri para as amigas, cerca de dez senhoras gargalhando ao redor da mesa. Percebo que aquelas orelhas não são de seres-humanos. Não, certamente não são. São as orelhas de um porco. De muitos porcos, pois cada porco, assim como nós, possui apenas duas orelhas. Os homens comem as tripas de um animal que não identifiquei qual é. Vejo uma menina comendo a língua de uma vaca. Ouví dizer que os músculos da língua, por onde a vaca saliva, são bem macios, então deduzo que tenha sido por isso que deram essa parte do animal para a criança. É, faz sentido, os pais normalmente querem o melhor para os seus filhos. Minha cabeça gira, meu olhar circula por todo o salão. A menina ainda não conseguiu engolir toda a língua da vaca. Me entristeço imensamente com a mescla de sofisticação e crueldade que vejo.
Quem tiver vontade e estômago para participar, basta pagar 45 reais e ir até a feijoada do Plazzinha. Mas precisa ir ainda no inverno pois parece que quando muda a estação eles oferecem a cabeça inteira...do peixe. Bom, acho melhor parar por aqui. Mas lembre-se de que você é livre para comer o que quiser. Repito: você é livre para comer o que quiser. Isso não é o máximo?! Você tem o direito de escolher o seu alimento independentemente de terem colocado a língua ou o fígado da vaca na sua boca quando você era criança. Ufa...nada como ser livre e aproveitar dessa liberdade para fazer as minhas próprias escolhas.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Pablo Neruda
terça-feira, 3 de agosto de 2010
E se...
Não precisa insistir
Volta e meia me aparece alguém dizendo que eu tenho porque tenho que ler o tal livro Comer, rezar e amar da escritora ... (?). Daí pergunto quem foi mesmo que escreveu o livro e as pessoas me respondem Áh é de uma mulher aí, não me lembro bem o nome, mas você precisa ler, aparece a Italia e tal. Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que não é só porque se passa na Italia que eu vá gostar. Depois, assim como meu pai, tenho uma certa aversão às coisas que viram febre, e só o fato de todo mundo ficar insistindo para eu ver, ler ou ouvir alguma coisa já é o suficiente para eu resistir.
Tenho uma amiga que toda a vez que me encontra pergunta se eu já lí o best-seller, que eu tenho que ler porque foi um dos melhores livros que ela já leu na vida...ah, e é claro porque se passa na Italia. Falou que me daria o livro de aniversário. Sorte que no meu aniversário não estarei aqui...estarei na Italia. E assim vou me esquivando da tal comida, da tal reza e do tal amor. Até adotei uma tática, tenho respondido que ainda estou com um livro na frente da fila para terminar de ler, é a Divina Comedia, do Dante Aliguieri e que só posso iniciar uma nova leitura depois de terminar esta. Teria que esperar quase duas mil páginas escritas em fiorentino, o italiano clássico de 1300 d.c. Tem dado certo, o pessoal tem respeitado a minha opção.
Eis que no final de semana eu estava no cinema para assistir Cartas para Julieta, que aliás se passa na Italia, e não é que entra o trailler de um filme chamado Comer, rezar e amar?! Caraca, o negócio virou filme! E com a Julia Roberts! Pronto, já está tudo resolvido, decidí que assistirei. Irei por livre e espontânea vontade. Não precisa insistir. Não perco nenhum filme com a Julia Roberts e confesso...adoro os filmes que se passam na Italia!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
sem e com
com amor. com sabedoria. com você. com coragem. com pimenta. com educação. com sorriso. com os amigos. com a camera fotográfica na mão. com bom-humor. com dinheiro. com dedicação. com sorte. com foco. com tesão. com admiração. com frio.
Qualidade de vida
Síntese: Qualidade de vida é tornar sua existência descomplicada, é fazer o que lhe dá prazer, com alegria, saúde e bem-estar.
Qualidade de vida é suprir as necessidades fisiológicas e ergonômicas, é adotarmos hábitos que promovam e mantenham a funcionalidade do corpo, do emocional e do mental, é o aprimoramento e desenvolvimento das nossas habilidades, através do trinômio: boa alimentação, boa forma e boa cabeça.
Qualidade de vida é relacionar-se de forma descontraída, ética e responsável com o meio ambiente e o meio sócio-cultural, procurando compartilhar e interagir, agregando sempre generosidade, elegância, respeito e carinho aos nossos relacionamentos, mediante da adoção de um conjunto de valores que incluem boa cultura, boa civilidade e boa educação.
Qualidade de vida é adotar uma visão de mundo que nos motive a buscar o desenvolvimento e o aprimoramento contínuo, conquistando a nossa excelência através do estudo, ideais e autoconhecimento.
Qualidade de vida é manter um padrão de gasto dois degraus abaixo do que você ganhar. É residir próximo ao trabalho. É alimentar-se com frugalidade. É conseguir extrair satisfação de todas as coisas. É esbanjar o seu tempo dando atenção aos amigos e conhecidos. É dar flores à pessoa amada. É não se deixar abalar pelos percalços da vida. É amar com franqueza e perdoar com sinceridade.
Esses são os nossos valores!
(do livro O que é o Método DeRose, do Mestre DeRose)
A arte e a verdadeira medida das coisas
Normalmente gosto de ir sozinha a museus. Acredito que cada pessoa tenha o seu próprio tempo para apreciar uma obra de arte e isso depende da cultura, da sensibilidade, do gosto e dos interesses de cada um. Certa vez fiquei 50 minutos contemplando A Primavera, quadro de Botticelli, simplesmente porque isso me dá prazer, me renova. Sei que passar tanto tempo assim na frente de um quadro deve ser um saco e incompreensível para muitas pessoas. Também tenho a consciência de que dificilmente encontraria alguém que me acompanhasse nessa viagem, por isso, repito, gosto de ir sozinha a museus.