Hoje pela manhã fui fazer as unhas. Momento sagrado da minha semana. Todas aquelas opções de cores, as novas tendências, adoro... Minha manicure estava ocupada e como eu estava bem queimada no horário - o que não é nada bom para uma segunda-feira pela manhã - não pude esperar. Resolvi experimentar uma outra manicure que estava ali sem fazer nada e me arrependi amargamente. Peguei uma péssima profissional. Pra começar, a moça dispunha de apenas 16 opções de cores para me oferecer. Ou seja, nada, para quem está acostumada com a Gil que tem um carrinho com mais de 150 vidrinhos coloridos. Acho que o esmalte mais moderno que ela tinha era o vermelho Gabriela, aquele único tom de vermelho que as mulheres mais modernas usavam na década de noventa. Ao invés de tirar minha cutícula, resolveu tirar logo um bife do meu dedo. E na hora de tirar o excesso do esmalte, meu Deus, nessa hora eu arranquei o pauzinho da mão dela e disse querida, pode deixar que eu mesma termino isso.
De quem é a culpa? Minha. Absolutamente minha, que não organizei o meu tempo direito. Se eu não estivesse atrasada, teria feito a mão com a minha manicure que eu tanto adoro e que trabalha tão bem. Mas não, eu estava correndo contra o tempo e acabei escolhendo outra profissional. A escolha foi minha e de mais ninguém. Temos a mania de colocar a responsabilidade sobre as outras pessoas e circunstâncias. A culpa é do Lula. Culpa do tempo. Do chefe. Do governo. A culpa foi do trânsito. Do despertador que não tocou. Do Brasil. Culpa da vida, que não me deu melhores condições.
Quando colocamos a responsabilidade em outra pessoa, estamos dando poder a ela. Um poder imenso. O poder de determinar o andamento da nossa própria vida. Logo, se eu puxar a responsabilidade para mim, estarei dando um poder imenso a quem mesmo? Bingo! A mim. O poder imenso de determinar o andamento da minha própria vida. Sinto em dizer, mas a culpa não é do Lula, nem do tempo e nem da coitada da manicure - que depois descobri que estava na sua segunda semana de trabalho; todos começam um dia, né? - mas sim minha, que estou construindo o meu futuro através de cada pequena escolha que faço ao longo dos meus dias.
2 comentários:
Aninha, adorei demais o texto! Leve, divertido e extremamente educativo. Ah, se todos nós agissemos assim..
Beijos
Lucas
amei!
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