quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Minha adorável profissão

No último ano do colégio peguei recuperação em 5 matérias. Recuperação terapêutica - adoro esse nome - em geografia, química, religião, matemática e física. Me tranquei em casa por duas semanas, recusei todos os convites, passei os únicos dois finais de semana do meu ano sem ir à uma festa e estudei. Resolvi estudar. Rodar no último ano do colégio era uma coisa que realmente me apavorava. Deu certo. Consegui alcançar a média seis, cravado, estudando em quinze dias tudo o que os meus colegas estudaram em 10 meses, enquanto eu namorava, viajava, dançava e dormia. Tenho que confessar que em matemática eu não passei, digo, não consegui alcançar a tal média 6. Só atingi 4,7. Pedi revisão de prova, e consegui subir para 5, mas passei por conceito. Veja que eu sempre fui uma pessoa muito bem conceituada. Passei! Eu passei!! Uhu! Viagem de formatura. Florianópolis. Éramos em 23, e apenas uma colega tinha celular - estamos no ano de 1996.  A sorte é que ela era a minha melhor amiga. E era com o tijolão da Motorola dela que eu falava todo o santo dia com o meu namorado que tinha ficado em Bagé. Descobri por terceiros que o Biscoito estava me traindo. Sim, o meu namorado se chamava Biscoito. Lágrimas de crocodilo. Fiquei arrasada. Voltei, me formei e fui fazer um cruzeiro.



Super esqueci o cara no mar do Caribe. Ufa, recuperada para a próxima etapa. Cheguei direto para o vestibular da UFRGS. Zerei a prova de matemática. Não consegui acertar nenhuminha, o que na minha opinião é tão difícil quanto gabaritar a prova, mas tudo bem. Fui desclassificada no ato. Pena que no vestibular não tem aquela coisa de passar por conceito. Também tentei o vestibular da Ritter dos Reis, e dessa vez optei por não ver o gabarito das provas. Minha vida estava mesmo precisando de uma pitada de mistério. Uma semana depois toca o telefone da minha casa. Era da Ritter, uma moça simpática avisando que eu tinha ficado pra suplente. Tinha que aguardar dois dias e se o pessoal não entrasse, eles me chamariam para a matrícula. A maior torcida rolando na família. Gente, passei! Me chamaram! Fim dessa etapa. Arrumei as malas e vim morar sozinha em Porto Alegre, feliz da vida.

Entro eu na faculdade de Arquitetura, sem saber fazer cálculos muito bem...

(Continuo essa história num próximo post. Textos muito longos podem entediar as pessoas. Aguarde).

4 comentários:

Unknown disse...

Aninha!
Eu também era assim, ao invés de estudar o ano inteiro e fazer várias provas, preferia estudar apenas na última semana para uma prova só... rs
Só não gostei da parte que você diz que não passou em matemática, afinal sou formado nisso também :p Quem sabe um dia desses eu te explico melhor o que é realmente esta matéria e quem sabe você não passa a gostar também ;)
Beijos

Naiana Alberti disse...

anaaaaa, quero mais! li num só fôlego e o mistério me mata...

Unknown disse...

Ana..

Adorei o texto, muito bom ler da nossa epoca de colégio..
Ainda mais lembrar de todas as nossas festas e tudo mais..
Sinto muita saudade daquele tempo, em que estamos sempre juntas...
bjs

Ana Flores disse...

oh fernanda...lagriminha nos olhos aqui lendo o teu comentário. beijos...love.