quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Banho turco
Gordas e cores de Botero
A combinacao que ele usa de rosa com vermelho 'e linda demais!
Quase piramos - parte 2. Quase piramos!
Ele esta me perseguindo
Quase piramos na exposicao. Quase piramos!
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Para os meus olhos
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Cesky Krumlov
Deixando cidades para tras
domingo, 26 de setembro de 2010
Hoje foi assim
sábado, 25 de setembro de 2010
Arte na veia
Arte na veia em Praga. Tive uma overdose. Os medicos da Republica Tcheca atestam que nao voltarei nunca mais ao normal.
Estou em Praga
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Diálogo entre duas brasileiras e uma alema
My name is not Praga!!!
Ok,ok...grazzie!
O Muro de Berlim
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Berlim pelos meus olhos e ouvidos
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
I speak english
Silencio
sábado, 18 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Madrugada
Eu ví o meu passado
Passar por mim
Cartas e fotografias
Gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim
Continua o vento
renovando.
nunca gostei tanto de vento, isso está realmente muito bom!
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
Esquecimento
sábado, 11 de setembro de 2010
Enquanto lia Clarice Lispector no ônibus
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Autossuficiência
Gustav Klimt
Amor, i love you.
Deixa eu gostar de você
Isso me acalma, me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver
(uma manhã de Marisa Monte)
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Uma fotografia que adoro, de Cig Harvey
outras imagens lindas dela aqui
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Muitos filmes, oba.
http://img.zaffari.com.br/selecaodefilmes/
Um cérebro congelado como um cubo de gelo
Para a senhorita?
Dois cafés, dois mil folhas de doce de leite e um guaraná.
Esperei até me certificar de que o garçon havia terminado de escrever a palavra guaraná e dei prosseguimento.
Por favor, são dois copos. Os dois com laranja. Gostaria de gelo em apenas um copo.
Prefiro mastigar vidro a ter que beber algo com gelo, então repeti o pedido com o intuito de ajudar o cérebro do garçon a registrar a informação. Me esmerei em usar as mesmas palavras para não ter perigo de confundi-lo.
São dois copos. Os dois com laranja. Gostaria de gelo em apenas um copo, ok?
Nesse momento confesso que me arrependi de ter inserido o ok no final da frase...vá que ele me respondesse: Não, não está ok, não. Você deve tomar é com gelo. Observei que o garçon estava anotando o que eu dizia e pensei hmm... que será que ele deve estar escrevendo? Logo veio a resposta:
Então a laranja é só no copo com gelo, é isso?
Nãão! Eu nunca falei isso! - pensei. Agora só tem direito a laranja quem pedir copo com gelo? É isso que eles estão tentando fazer comigo?! Respirei fundo, recostei no encosto da cadeira, olhei bem no fundo dos olhos do garçon e de forma gentil e pausada, repeti meu pedido:
São dois copos. Os dois com laranja. Gostaria de gelo em apenas um copo. Anotou? Gelo em apenas um copo. Em a-pe-nas um co-po, por favor.
Me senti um pouco constrangida por ter-me feito um tanto repetitiva. Mas parece que o simpático garçon não se incomodou com isso; ele continuava anotando minhas palavras e quando terminou, disse-me com o olhar: Tudo perfeito! Em dois minutos, seu pedido já estará na mesa! Sorriu e saiu para cumprir a sua missão.
Nesse meio tempo minha amiga retorna a mesa. Contei a ela meu diálogo com o garçon e como já é de costume demos muita risada pois eles nunca conseguem acertar essa história do gelo comigo. É sempre uma piada.
Em menos de cinco minutos o garçon já estava de volta com a nossa bebida. Adoro quando eles são rápidos. Pensei: Esse aí vai acertar! Então, gentilmente, ele colocou sobre a mesa uma latinha de guaraná e um copo com laranja. Virou-se e saiu...
Pausa para reflexão: em que setor do cérebro dele será que foi parar o outro copo?
(Bom, poderia ter sido pior, pelo menos o único copo que ele conseguiu trazer não veio com gelo...ufa!)
Dó duplo - Tempo é vida
Sinto dó das pessoas que dizem que adorariam fazer tal coisa mas estão sem tempo. Na verdade, sinto dó duas vezes. Um dó duplo. Sabe por que? Em primeiro lugar porque tempo para mim é sinônimo de vida. Assim, quando alguém me diz que está com o tempo escasso logo entendo que está com a vida escassa. Vida escassa! Pense bem, vida escassa. Isso parece ser bem triste.
Explicado o primeiro dó, vamos ao segundo. Com frequencia percebo que quando alguém diz que está sem tempo, na verdade, está mentindo. Mentira dupla, porque além de mentir para os outros, está mentindo para si mesmo, o que é muito pior e digno de pena. Na maioria das vezes há tempo sim, é só uma questão de prioridade. Escolher é algo tão nobre. Não ter tempo é algo tão pobre. Não entendo como é possível confundir tanto escolher com não ter tempo. São duas coisas de natureza bem distintas.
Tenho um aluno que não vem à aula há meses porque tá sem tempo. Toda a semana ele me liga para dizer que tá na correria, sem tempo para respirar, mas que ama as aulas, que sente muita falta e que semana que vem vai aparecer. Ele nunca aparece, claro - porque está sem tempo. Ontem soube que ele está fazendo aula de dança, duas vezes por semana. Áh, cada aula tem duas horas de duração, isto é, são quatro horas dançando durante a semana. Nada mal para quem estava sem tempo nem para respirar. Ele está dedicando o tempo que tem, ou a vida que tem, para dançar e isso é admirável. Só fico aqui me perguntando se não seria mais fácil ele dizer escolhi fazer aula de dança. Mas não, ele prefere ficar nessa coisa triste de estou sem nada de tempo. E eu do outro lado entendendo que a criatura está sem nada de vida.
E o que pensar daqueles que não têm tempo para encontrar com seus amigos? Que não conseguem retornar as ligações ou responder e-mails porque não tiveram tempo? Coitados. Coitados mesmo. Dó duplo pra eles. Se ao menos assumissem que escolheram fazer outra coisa, tudo bem. Repito, escolher é algo tão nobre. Não vamos tomar um café porque a minha prioridade é fazer tal curso. Sem problemas. Não vamos nos encontrar hoje porque priorizo o meu trabalho. Ótimo, seu trabalho lhe dá dinheiro e prazer e isso é muito bom. Não vamos nos ver porque escolhi fazer outra coisa. Ok! Escolher é demais. Parabéns pela sua escolha. Só não me faça sentir pena de você com essa cafonice de estou sem tempo...