quarta-feira, 29 de junho de 2011

surreal

Um pouco de Salvador Dalí para não levar as coisas tão a sério. E também para ver que tudo é possível.

Jovem de pé na janela, Dalí

O homem invisível, Dalí

Eu conheço um.

A persistência da memória, pintura de Dalí, claro

E se perdessemos a memória, continuaríamos amando as pessoas que amamos? O amor está relacionado com as lembranças que temos da pessoa amada? E a paixão? Fico pensando, se eu acordasse sem memória, quais os sentimentos que continuariam vivos em mim. Será que o meu coração acordaria vazio, como uma mente sem memória nenhuma?

A criação dos montros, pintura de Dalí


Os montros são criados por nós. Eles nascem das nossas paranoias, dos nossos medos, dos desejos não realizados, da nossa imaginação fértil, das expectativas frustradas. Também somos nós que alimentamos os monstros, e eles se alimentam e se realimentam dos mesmos sentimentos que deram origem a eles. Nostradamus disse que a aparição dos monstros é um presságio de guerra. E assim é, crie montros nos seus relacionamentos com as pessoas e espere alguns dias: é desentendimento na certa. Enfim, não crie montros, crie outra coisa. Crie novas oportunidades, faça novos amigos, faça origami, sei lá, crie tudo, só não crie montros dentro de você.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

o tempo e o vento

o tempo rodou num instante



nas voltas do meu coração.

domingo, 26 de junho de 2011

Quem bate? É o vento.

É inverno aqui no sul. O Minuano canta lá fora. Minha mãe diz que ele solta os demônios. É um assobio infinito. Uma grito agudo que atravessa o ouvido e congela os ossos.

pura covardia


Eu não escuto as trilhas sonoras dos amores perdidos.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

ninguém mais


Ouví dizer que o mundo vai terminar. Salvem os artistas. Salvem os loucos. Salvem os animais e as crianças. E salvem os amantes.

Uma homenagem aos imortais

Midnight in Paris pode ser uma bela crítica à insatisfação das pessoas com o presente e à eterna busca da felicidade no passado. Mas para mim, o filme está mais para uma homenagem aos imortais.


A arte ainda é a única forma de imortalidade. Eu, ao menos, desconheço outra. Os sentimentos e as pessoas morrem mas O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway é eterno. Proteja seu amor para que ele seja perene, assim como é O Beijo, de Gustav Klimt. A história de amor um dia terminará mas O Beijo continuará imaculado, resguardado na Österreichische Galerie. Enquanto a confiança se desmorona, as catedrais continuam em pé há séculos. Pessoas passam, mas Pablo Picasso veio para ficar. Talvez alguém que você goste vá embora, mas Salvador Dalí não irá embora nunca mais. Sinto muito se você não gosta dele, o cara está aqui para sempre.


E assim é a arte. É aquilo que mais se aproxima da imortalidade. E é por isso que Midnight in Paris tocou o meu coração. No meio das relações efêmeras, das muitas e muitas pessoas que passam, das cidades que são destruídas pelas guerras, dos desejos saciados, do meu pote de pipoca que acaba antes do filme, no meio de tudo isso, me conforta a sensação de perenidade que a arte - e só a arte - traz.

terça-feira, 21 de junho de 2011

viva o vermelho aqui

um pouco de vermelho não faz mal a ninguém. red. rosso. para tirar o sono. para cantar. vermelho morango. vermelho paixão. um que de amor. tomate. pimenta. as frutas silvestres. vermelho para encantar. vermelho para arrasar. vermelho vivo. vermelho eu vivo. viva o vermelho aqui.

de cara nova

O resto

Da vida, só resta seguir.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

um perfume

domingo, 19 de junho de 2011

Ainda os retalhos do curso

Se você está feliz agora é porque está fazendo a coisa certa. É porque fez a escolha certa e está vivendo da melhor forma que poderia.

Minha vida

Confortável, estável e estética.

São tantas as emoções

Se as suas emoções estiverem sujas, você entenderá uma coisa. Se suas emoções não estiverem sujas, você entenderá outra coisa.

Do curso Aperfeiçoando o Ashtánga Sádhana, com Rogério Brant

Quando nós gostamos, nos tornamos receptivos. Quando estamos receptivos, aprendemos muito.

Se você percebeu alguma coisa é porque você tem condições de mudar, senão, nem perceberia.

O pránáyáma faz com que você perceba o seu comportamento animal. E se você quiser mudar, você muda.

Beije

como se fosse a primeira e a última vez.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

fim do dia

fim do dia. missões cumpridas. coisas criadas. outras descartadas. todas vividas. algumas esquecidas. fim do meu dia. 00:09 am. horário de brasília. já é outro dia? olhos pesados. livros esparramados. música no volume alto. e assim termino - ou começo - o meu dia. agora.

eu gosto das outras coisas

olhe para cima

um céu assim

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Para refletir sobre as bobagens que falamos

Olha só o que Manet um dia falou sobre Renoir: Esse rapaz, Auguste Renoir, não tem o menor talento. Diga a ele para desistir de pintar.





terça-feira, 14 de junho de 2011

criador e criatura

segunda-feira, 13 de junho de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

E no meio de tanta gente

eu encontrei você, entre tanta gente chata sem nenhuma graça

Cada um por si, você por mim

e mais nada.

Beija eu

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Uma coisa depois da outra



E o que é a vida, senão uma sucessão de acontecimentos? É gente que casa. É gente que morre. É trocar de roupa todos os dias. É primavera, verão, outono e inverno e depois, tudo isso de novo, até a última estação. A vida é pura poesia. É cheia de desgraça. Por isso, salvem os artistas. A vida é uma coisa depois da outra. São coisas que se somam. É pura matemática. Salvem os loucos. Revele suas fotografias. Inspire-se nos amigos. A vida é feita de madrugadas choradas e de madrugadas sorridas. Também é feita de música e de desejo. A vida é um pranto. Salvem os amantes.

Se tu viesses ver-me à tardinha, Florbela Espanca


Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

Uma música que seja, Vinicius de Moraes

...como os mais belos harmônicos da natureza. Uma música que seja como o som do vento na codoalha dos navios, aumentando gradativamente de tom até atingir aquele em que se cria uma reta ascendente para o infinito. Uma música que seja como o som do vento numa enorme harpa plantada no deserto. Uma música que seja como a nota lancinante deixada no ar por um pássaro que morre. Uma música que seja como o som dos altos ramos das grandes árvores vergadas pelos temporais. Uma música que seja como o ponto de reunião de muitas vozes em busca de uma harmonia nova. Uma música que como o vôo de uma gaivota numa aurora de novos sons.

noite de sarau

quinta-feira, 9 de junho de 2011

essa coisa toda que tem me tirado o sono

nem sei o que falar dela. dessa coisa boa. dessa coisa toda. dessa coisa rica. da música. e tudo mais. de tudo o que está por vir.

Stacey Kent - Jardin d'hiver

Stacey Kent

Um dia

Um dia descobrimos que apaixonar-se é inevitável. Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples. 
Mário Quintana.

Para ouvir e ver comendo chocolate. Para você.

terça-feira, 7 de junho de 2011

eu e meu cactos

A coisa mais amada do mundo aconteceu: eu tenho um cactos desde sábado. Como você pode ver pela foto, ele é um doce. É translumbrante. Mimoso. Estou com os dedos em carne viva de tanto aperta-lo. Gosto de abraçar meu cactos. Ele merece. É comportado. Não late. Não foge. Não sente ciúmes. Não me faz perguntas chatas. Eu amo o meu cactos. E adivinha o que acontece no meio da madrugada? Ele exibe várias florzinhas cor de rosa! Quando amanhece elas vão domir. Tem que ficar acordada na madrugada para ver as florzinhas exibidas! Descobri uma coisa incrível, que os cactos agem como uma barreira para os raios gama emitidos por computadores e aparelhos de TV. Agora eu estudo sobre cactos, com licença. Achei isso o máximo já que sempre tive medo desses tais raios. Também tem a parte romântica, claro. Eles armazenam muita água no caule e a água é o elemento que simboliza os sentimentos. Pausa para reflexão. Preciso lembrar de dar água de 6 em 6 dias. Ou de 4 em 4. Ou será de 15 em 15 dias? Cada pessoa me diz uma coisa, sei lá. Vou dar água intuitivamente. Ele é sem nome. I lov meu cactos.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

domingo, 5 de junho de 2011

sobre o azul

tem dias que o azul do céu diz tudo.

Infinito

Queria saber quantos tons de verde existem na face da terra. Infinitos, será? E haverá limite para a felicidade? Sorrio, e afirmo que não.

Above you

quinta-feira, 2 de junho de 2011

além do horizonte

Stendhal

Em amor, possuir é nada; desejar é tudo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011