sábado, 30 de outubro de 2010

Mitos e verdades sobre a Capela Sistina

Depois de estar quatro vezes em Roma, finalmente visitei a Capela Sistina. Aleluia!! Aleluia mesmo. As pessoas sempre me diziam que para ir até a Sistina tinha que acordar às 5h da manhã para estar lá às 7h na tentativa de pegar menos fila e tal...que era muito caro, carééésimo, uns 25 euros ou mais. Axioma número um do SwáSthya: não acredite. Ok?

Acordamos lentamente e fomos à feira, porque sábado é dia de feira. Almoçamos com toda a calma do mundo no bairro judeu, uma bela zona da cidade, sem turistas, apenas nós e os romanos. Chegamos tranquilamente no Vaticano no meio da tarde, não pegamos fila nenhuma e o ingresso é barato: 15 euros. 15 euros para conhecer todos os museus do Vaticano mais a Capela Sistina. A opção só Capela Sistina não existe.

Resumo da ópera do que ví: os museus do Vaticano não me agradaram. Caminhar sobre tanto ouro é agressivo. É um exagero de riqueza, é dinheiro que não acaba mais. Opulência. Incoerência. Na praça do Vaticano, as mulheres estão atiradas pelo chão pedindo moedas para comer e ali dentro há um tesouro. Um soco no meu estômago. Muito dinheiro e pouca arte.

Quando chega nas salas de Raphaello e na Capela Sistina, aí sim, é arte pura. São as mãos de uma pessoa, pincel e tinta. A arte de Michelangelo me emocionou bastante, primeiro porque é de uma beleza formidável e segundo por saber a  verdadeira história que há por trás das formas ali pintadas. O livro Os segredos da Capela Sistina, de Benjamin Blech e Roy Dolyner apresenta uma teoria não tão bela e nada cristã sobre o que Michelangelo realmente queria que o mundo soubesse. Babado grosso, com direito a delatar Papas assassinos e muito mais. E não é que tá tudo ali mesmo?! Eu ví. Por trás de toda aquela beleza, há histórias bizarras que Michelangelo nos contou. Bem, tem que ler o livro, não vou contar aqui. Mas em termos de beleza, a obra abaixo foi a minha preferida dentro do Vaticano. Uma cena que me tocou. O artista é Giuseppe Guindane e pintou Le amiche em 1924.

  

Um comentário:

Carlos Cardoso disse...

é mesmo isso aih, meu anjo. Coberta de razào. Que bela capela.